Sunday, May 3, 2015

Métodos que não deram certo: Enterramento e composteiro subterrâneo

Antes de chegar no processo atual que sigo repetindo há alguns anos (de misturar com serragem e mexer semanalmente), fiz alguns testes. Um dos testes que fiz foi o composteiro enterrado, estilo fossa séptica. Neste modelo, você joga as fezes em um pote enterrado com o fundo conectado com o solo (sem fundo ou com fundo perfurado) e joga enzima de fossa séptica, que contém bactérias que vão degradar as fezes. 

Foi um total fracasso. Não houve degradação das fezes. Elas ficaram praticamente sem alteração, da mesma forma que ficam quando guardo num pote fechado com tampa. 

Tentei muitas coisas. Jogar o conteúdo de um envelope de enzima. Jogar vários juntos. Jogar água. Deixar sem água. Jogar água junto com envelope de enzima. Nada resolveu. Desisti, e como o pote estava enterrado e cheio de fezes, deixei lá parado por vários meses até fazer uma obra que que exigiu retirar o pote, e nesses meses todos não havia acontecido nenhuma degradação das fezes. Nenhuma redução de volume.

Não sei qual foi meu erro. Pensei em tentar um modelo enterrado diferente, que fica permanentemente preenchido com água, onde da metade para baixo, não há furos, e assim acumula água. Mas aí a coisa estava ficando muito trabalhosa, e o método de misturar com serragem estava dando certo, então abandonei este modelo enterrado. 

Outra coisa que também tentei foi simplesmente enterrar. Fazer um buraco grande, ir enchendo de fezes no dia-a-dia, e quando estiver quase cheio, tapar com terra. Este método funciona bem. Mas é super trabalhoso. Pois periodicamente precisa-se fazer buracos grandes na terra. E boa parte do meu quintal é argiloso, assim cavar é 3x mais difícil. Abandonei o enterramento de fezes.

Compartilho a experiência pois pode ser útil para alguém. Se alguém conseguiu fazer este modelo enterrado funcionar, estou interessado em saber como. 


Foto de quando estava construindo o composteiro subterrâneo, estilo fossa séptica.

8 comments:

  1. Boa tarde.

    Você pode me passar as instruções sobre o método com serragem?
    adrianomjesus@gmail.com
    Duas dogs e uma gata em casa para dar um jeito no cocô.

    Valeu.

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  2. Hermano, enquanto o composto não fica pronto você vai armazenando o resto das fezes em uma caixa qualquer e depois composta tudo junto? (as fezes frescas e as antigas)

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    1. Olá. Sim, faço isso mesmo.
      Não dá pra adicionar continuamente as fezes no composteiro senão não fica pronto nunca. Então tenho uma outra caixa de "armazenagem" de "insumo cru".

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  3. Nossa ia fazer esse modelo não farei mais!

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  4. Na época em que testou seus cachorros estavam em tratamento com remédios como antibióticos? As vezes isso foi um dos problemas, a decomposição realmente fica comprometida.

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    1. Não, não estavam. Eu acho que a razão tem mais a ver com o fato de que o material fica seco e sem circulação de ar dentro do pote enterrado. Dá pra jogar água, mas ela rapidamente é drenada.

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  5. Olá pessoal, eu desenvolvi uma técnica muito parecida com essa, porém com microorganismos próprios, que desenvolvi no meu quintal, especificamente para dejetos de cães e gatos. Existe também uma metodologia correta, para que a caopostagem termofílica ocorra adequadamente, com temperatura na faixa de 65 graus, continuamente. Sendo possível sim, a alimentação diária... Nos próximos 2 meses estarei com o produto pronto para o mercado. Me procurem no insta. @airesairon

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